terça-feira, 1 de maio de 2007


















chama,
debulhe-me entre dedos
em devoção

passeia nas contas
de meu rosário torto
aprecie minha tortura
de sobreviver
aos desejos seus

chama,
o ardor de meu nome
em aflição

degusta cada sílaba
que em sua boca
o vocativo arde
derrete, queima e ecoa
nos meus sentidos

derrota-me

chama,
queime este pavio
em oração

vibra alheio à catástrofe
que me espera
sem supor o intento
que trago fumaça
em meu peito.

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